Tecendo redes de conhecimento no Ciberespaço

O que há de novo e inédito com as tecnologias da informação e da comunicação é a parceria cognitiva que elas estão começando a exercer na relação que o aprendente estabelece com elas.

Assman (2005, p.19)


Este blog é um espaço de compartilhamento de criações textuais diversas com o objetivo de criar uma rede de conhecimentos através das novas tecnologias e da inteiração em rede!

Bem Vindo...

Bem Vindo...

A sabedoria consiste na busca incessante do criar e recriar, onde os saberes são reinventados a cada instante em uma construção constante e ininterrupta!

Paula Oliveira

sábado, 30 de junho de 2012

Atividade de Leitura: Você vai ao casamento do pato?


ATIVIDADE DE LEITURA

Plano de Aula

Título: Roda de leitura
Livro: Você vai ao casamento do pato?
Autora: Rosângela Lima
Ilustrações: Emerson Pontes
Editora: Bagaço
Duração da aula: Aproximadamente 2 aulas
Turma: Nível III
Faixa etária: 5 anos
Apresentação

Em vias de criar um ambiente que instigue o aluno a conhecer os livros, ouvir, ler, escrever e se expressar oralmente, se faz necessária a inserção de rodas de leitura diárias na sala de educação infantil.
Para a realização desta atividade de leitura escolhi o livro “Você vai ao casamento do pato?” da autora pernambucana e também editora da Editora Bagaço Rosângela Lima a qual tive a oportunidade de ouvir da mesma, a contação da história desse livro.
Você vai ao casamento do pato? É uma história contada em versos, onde a cada página lidae apresentada, suscita a curiosidade: e agora? O que vai acontecer? Quem mais vai ao casamento do pato?

Vamos lá? E você? Conhece a rua Santo mato? Não? Se não conhece vai conhecer, pois lá terá uma festa... o casamento do pato? Vamos dar uma olhadinha?

Objetivo Geral
Desenvolver nas crianças o interesse pela literatura, a fim de apropriarem-se da prática de leitura, escrita e oralidade.

Objetivos Específicos
  • Estimular o senso crítico e de análise;
  • Promover a formação de leitores;
  • Instigar a expressão oral;
  • Fortalecer o desenvolvimento das diferentes linguagens por meio da expressão corporal, fala, imitações e artísticas por meio de desenhos;
  • Criar a versão individual da história expressa por meio de desenhos.
Recursos
Avental pintado com o tema do livro;
Boné de pato;
Caixa decorada com elementos da história: véu de noiva, convite, buquê, cartola, cardápio;
Cartolina;
Folhas de ofício;
Lápis de cores e gizes de cera;
Livrão de imagens feito para contar a história (feito de cartolina, papel seda, color set);
Saco plástico;
Som para ouvir a música: O pato de Vinicius de Moraes;
Tiras digitadas e xerocadas com os trechos e falas da história;
Viseiras de papel guache e emborrachado.

Metodologia
Pré-leitura
Leitura
Pós-leitura

Desenvolvimento
1º passo: antes da leitura, trazer a caixa decorada contendo os elementos da história que será contada para a sala de aula. Formar uma roda no chão com as crianças, enquanto a caixa vai passando por cada criança e elas vão pegando os elementos da história para reconhecimento, a música “O pato” é escutada. Quando a música parar, as crianças tentam descobrir o tema da história que será contada, eles deverão descobrir através dos elementos apresentados e por dicas dadas a cada aproximação do título do livro.

O Pato

Lá vem o pato
Pata aqui, pata acolá
Lá vem o pato
Para ver o que é que há

O pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De genipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela

2º passo: depois que o tema e título do livro forem apresentados, a professora se caracteriza com o boné de pato e o avental com o tema do livro. A leitura do livro deverá ser feita como uma apresentação, por meio da contação da história. A cada página do livrão de imagens que vai sendo apresentada, deve-se questionar as crianças sobre o que vai acontecer depois.
Exemplo:
Professora: - Quem vai ao casamento do pato? 
            - Quem você vai levar?
Trecho da história: É NO DIA VINTE E QUATRO
LÁ NA RUA SANTO MATO
VAI A VACA, VAI O GATO
A GALINHA E O RATO
Professora: - Quem vocês acham que vai também?
             - Qual será o cardápio?
Trecho da história: A GATA FOI CORRENDO
COM O GATÃO SE ENCONTRAR
ACABOU SE ABORRECENDO
- OLHEM SÓ COMO ELE ESTÁ!

E VOCÊ QUE ESTÁ LENDO,
PODE AGORA ME AJUDAR?
VAMOS MIAR BEM ALTO
QUE É PRA ELE ACORDAR. (A professora e as crianças miam bem alto).
E toda a leitura/contação da história vai sendo realizada dessa forma, com muitas perguntas, reflexões, questionamentos, descobertas e criação de soluções.
3º passo: a professora leva copiados os nomes dos alunos em papeizinhos dentro de um saco e em outro, os nomes dos animais que foram para o casamento do pato. Cada aluno sorteado vai pegar um nome de um animal dentro do outro saquinho. Por meio da expressão corporal, através de mímicas e imitação de sons, imitará o animal que sorteou.
4º passo: todos os alunos recebem a parte de papel da viseira para desenhar e pintar nela, qual dos animais que foram para o casamento do pato eles seriam.
5º passo: a professora entrega pedaços de papel ofício cortados em retângulos para os alunos e reconta a história, página a página, para que façam desenhos representando cada etapa da história. No fim, entrega pedaços recortados com todos os trechos e falas da história para eles irem formando a sua versão da história: VOCÊ VAI AO CASAMENTO DO PATO?


Avaliação
A avaliação deverá ser contínua, desde o primeiro momento da aula. os aspectos a serem avaliados qualitativamente serão: participação, expressividade, oralidade e criatividade.
A cada nova etapa e atividade sugerida, entendendo que, a avaliação é um processo pelo qual devemos refletir acerca da metodologia aplicada, verificando se os objetivos foram atingidos, auxiliando assim, na tomada de decisões e aprimoramento.

Bibliografia
LIMA, Rosângela. Você vai ao casamento do pato?. Ed. Atualizada. Recife: Editora Bagaço, 2008.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Atividade com Crachá

Atividades com crachás na Escola favorecem a auisição da escrita e da leitura nas crianças e essas atividades além de simples colaboram veementemente com as aprendizagens na sala de aula. Podem ser utilizados de várias formas e em momentos os mais diversos, fazer uso da criatividade é sempre importante nas salas de aula infantis.

Essa atividade foi realizada como experiência de prática do Componente Curricular Linguagem e Pensamento II, do meu curso de Pedagogia.

A atividade proposta para esse desafio foi realizada na Escola Municipal João Barbosa de Lucena, onde sou gestora, com alunos do 1º ano, faixa etária de 6 anos, na turma da professora Rosineide.
O gênero textual escolhido por mim foi o crachá, onde foram confeccionados crachás com os nomes das crianças.

1º Passo
Apresentei aos alunos os papéis que trouxe com os nomes deles e espalhei sobre o birô da sala de aula com os nomes virados para baixo, expliquei que eles deveriam pegar um papel e voltar para a banca deixando os papéis emborcados.

2º Passo

Após a escolha dos papéis, pedi que eles virassem e olhassem. Perguntei o que eles viam e que tinha nos pedacinhos de papel. Nesse momento todos os alunos reconheceram que tinham nomes escritos e alguns disseram que eram os nomes de colegas da sala.

3º Passo
Iniciei a troca de crachás com um aluno surdo e mudo, para auxiliar na atividade, perguntei para a sala se alguém reconhecia qual era o nome que tinha naquele papelzinho, a euforia iniciou e a maioria se empenhou em fazer a leitura, e alguns descobriram que o nome não era o dele e então ele repassou o crachá para o colega que constava o nome e assim seguiu até que todos recebessem os seus respectivos crachás.

4º Passo
Indaguei as crianças a respeito daquele papel e se eles sabiam para que servia, nenhum soube responder, então expliquei que aquilo era um crachá e que serve para identificar uma pessoa pelo seu nome.

5º Passo
Finalizamos a atividade com as crianças ilustrando seus crachás com um desenho representando eles ao lado de seus nomes.

Avaliação
Essa atividade foi bem significativa, pois os alunos interagiram bastante e ajudaram mutuamente uns aos outros, para descobrir o nome que estava em cada crachá. Quando uma criança não conseguia identificar os outros ajudavam e nessa troca todos aprenderam mais com a leitura, a escrita e a fala. A agitação e euforia das crianças favoreceram para que todas participassem e a interação foi unânime, a colaboração da professora regente também contribuiu significativamente para o desenrolar e bom andamento da atividade.



domingo, 11 de dezembro de 2011

História da educação Brasileira


Do Brasil das reformas introduzidas por Pombal ao Brasil de hoje, quais avanços em relação
à responsabilidade do Estado com a Educação?

Na Era Pombalina foi introduzida a construção de um novo rumo para a educação Brasileira, no que diz respeito à renovação metodológica, de conteúdos e de organização. Contudo o acesso à educação restringiu-se, excluindo os brancos pobres e os índios, ao ceder lugar gradativamente à
educação da elite.
Cabia ao estado o papel de assegurar a todos o direito ao ensino elementar, construindo as novas bases da mentalidade humana que, objetivava recuperar o atraso da metrópole em relação a outros países Europeus. Portanto com a reforma de Pombal ao promover o ensino laico e público, dava início no Brasil a uma nova Era da Educação Brasileira.
Entretanto a responsabilidade do Estado em relação à educação teve um início prevaricado, não condizente com a proposta estabelecida, por fazer uma educação excludente ser arraigada naquele período, sem levar em consideração que devia assegurar a todos o acesso ao ensino elementar.
É preponderante que hoje essa responsabilidade continua caindo em contradição, apesar de haver certos avanços em relação à qualidade do ensino, qualificação dos professores e acesso à escola. Mas que escola? Que ensino? Que qualificação?
A exclusão social assevera a falta de compromisso, onde vivemos um período em que, tem direito a uma educação de qualidade quem pode pagar por ela.

É notável no Brasil atual, uma política de Estado eficiente para a educação infantil?

É temerário falar sobre eficiência em um país tão cheio de diversidade e desigualdade sociais. Implica considerar que efetivamente não conseguimos identificar com veemência uma política de Estado eficiente para a educação infantil. Ao remetermo-nos a perscrutar sobre a qualidade de ensino nos locais mais remotos do país, nos apercebemos dessa conjuntura.
Muitas melhorias foram implementadas nas últimas décadas, é relevante atestar, contudo se faz necessário fomentar na prática, valorizando cada criança em seu contexto social e cultural. Penso que muita coisa há que ser realizada, para que uma política de estado seja deveras eficiente na educação infantil.

  A educação ainda hoje continua a ser um privilégio dos filhos de elite? 
 
A educação é um processo em constante construção e desenvolvimento o que fica cada vez mais evidente em nossos dias.
O que infelizmente notamos é a falta de compromisso e de iniciativa efetiva nas políticas públicas a favor de uma educação que vise melhorias na qualidade de vida dos menos favorecidos, desarraigando-os dos seus sonhos.
É digno de nota considerar que ainda hoje, persiste em ser privilégio dos filhos da elite um cuidado educacional diferenciado e condições de continuidade na formação. O que conduz a pleitear os cargos e profissões com alto nível de habilidades cognitivas, fazendo-os ocuparem as vagas das melhores universidades e destacarem-se em suas profissões, portanto ainda hoje a educação continua a ser um privilégio dos filhos da elite.

Algumas das mudanças educacionais geradas pela transição do Brasil Imperial para o Brasil
Republicano.

Na transição do modelo Imperial para o modelo Republicano generalizou-se a tese da educação como forma de extirpar a miséria sem que fossem criadas condições de reverter as desigualdades sociais.
A equidade em relação à educação pouco fez para que se criassem no Brasil, um sistema educacional abrangente e eficaz, não obstante o contundente discurso favorável à necessidade da educação para realizar o país moderno e livre, os resultados tencionados passavam distantes da expectativa da sociedade, considerando que pelas dimensões do país, a educação Brasileira deveria ser encarada como um grande projeto sistemático conduzido pelo poder central.
A desordem social configurada pelo crescimento de crianças abandonadas, escravos livres e libertos, homens e mulheres pobres, incomodava as autoridades policiais e as classes dirigentes.
Em conseqüência disso, a educação pública e a disseminação do ensino primário ganhavam força no debate político. Sendo a instrução popular um instrumento de erradicação das condições de miséria e criminalidade, os defensores da educação pública entendiam a miséria como algo que conduzia à ignorância e ao analfabetismo. Portanto mudanças foram instauradas nesse contexto a fim de suprimir tais problemas.


A passagem da Monarquia para a República foi dada por meio de um golpe de Estado, e nesse contexto intensificou-se o processo imigratório no Brasil com objetivo principal de fornecer mão-de-obra para a cultura do café, em substituição ao trabalho escravo, decorrente da abolição da escravatura.Esse novo ambiente político remetia a debates acerca da estruturação do Estado, onde buscavam construir um sistema nacional de educação voltado para a reestruturação das relações sociais entre crianças e adultos, homens e mulheres, livres e libertos, nacionais e estrangeiros, pobres e ricos, dominantes e dominados.A luta das camadas médias urbanas pela reivindicação de uma sociedade letrada, capaz de superar a histórica marginalização do escravo, do pobre, do analfabeto, das crianças e das mulheres, tomou destaque nesse momento.O projeto Republicano buscava um modelo definitivo e eficaz de educação, garantindo aos poucos o acesso dos pobres à escola. É atribuída à educação a tarefa heróica de promover a reconstrução da sociedade.No momento inicial de afirmação da primeira Constituição Republicana, ficaram reconhecidos como sujeitos de atenção pública a criança e o adolescente, pela necessidade permanente de aperfeiçoá-los, discipliná-los, conformá-los às responsabilidades morais, cívicas e patrióticas.Contudo a ausência de um projeto educacional de combate ao analfabetismo não combinava com o novo Brasil. O modelo educacional continuava com os vícios herdados do período colonial, favorecendo uma parte da elite agrária, onde o modo de educar as crianças não mudou muito nos primeiros anos, após a Proclamação da República, não obstante o modelo social republicano ser caracterizado pela valorização do saber e por campanhas em prol da alfabetização e da escola.

Analfabetismo Funcional




O Brasil tem apresentado um discurso triunfalista em relação aos números que envolvem a educação no país. De acordo com os dados do MEC, o acesso à educação de crianças e adolescentes em idade escolar tem avançado de forma significativa. Ao considerarmos tais dados, é pertinente atentarmos para o fato de que o estudante brasileiro de certo modo, não é um leitor qualificado, pois o hábito de ler não indica que a leitura esteja sendo compreendida. Portanto a leitura fica sem sentido, sem significado.
Há alguns anos esse problema recebeu o nome de analfabetismo funcional. O termo passou a ser usado segundo instruções da Unesco, onde a partir de 1990 o IBGE, começou a adotar o termo em suas pesquisas. Para fins estatísticos passou a existir um padrão metodológico que levava em consideração o tempo de estudo da população pesquisada, onde analfabeto funcional seria aquela pessoa que estudou por quatro anos. Essa norma não é definitiva, levando-se em consideração o grande número de estudantes universitários que chegam ao ensino superior sem haverem construído hábitos de leitura, capazes de fomentar a capacidade de interpretar e compreender textos, consequentemente apresentam dificuldades em elaborar diferentes tipologias e gêneros textuais.
As novas tecnologias, em especial a internet, são apontadas por alguns especialistas como o causador desse caos intelectual, contudo na contramão desse raciocínio, há quem diga que a culpa não está nas novas tecnologias, ao contrário. De acordo com a Profª Rozeli Friasca o papel da internet é importante porque oferece um canal interessante de contato com o processo de leitura e escrita.
No concernente às implicações denotadas, podemos relacionar o fenômeno do letramento à formação de leitores no país, o resultado é que o universo dos livros e da leitura está aquém do cidadão comum. No âmbito escolar, proporcionar um trabalho interdisciplinar visando à valorização da leitura e do entendimento é relevante, inclusive ampliar as ações de trabalho com os alunos de forma a proporcionar-lhes diferentes opções de gêneros textuais, a socialização das interpretações e questionamentos para o crescimento de todos, objetivando a formação de bons leitores, para que este termo, analfabetismo funcional, quiçá torne-se obsoleto.
             Devemos como professores tomar algumas medidas de incentivo à leitura. No entanto isso envolve muitos outros fatores que acabam sendo postergados, como o fator social geral, a vida familiar, o próprio método de ensino desenvolvido nas escolas pelos professores que em sua maioria repassam aos seus alunos apenas da forma como aprenderam, e sabemos que foi uma educação bancária, aquela em que o professor é detentor do conhecimento e o aluno está ali para absorver daquilo que o professor passa, o máximo de informações possíveis para então, também deter determinados saberes.
        Não é uma tarefa fácil resolver essa situação, o analfabetismo funcional pode ser percebido em pessoas com apenas quatro anos de estudo, contudo percebemos que isso não parece ser definitivo ou determinante, visto que, um número notável de estudantes que chegam ao ensino superior sem compreender as leituras realizadas, sentem dificuldades na construção e interpretação de variadas tipologias textuais...O que fazer? Em suma faz-se necessário a apreensão de hábitos de leitura regulares na escola e fora dela, com incentivo à prática da construção dos mais variados tipos e gêneros textuais desde a infância, motivados pelo exemplo em casa, pois pais leitores formam filhos leitores, portanto essa é uma situação para ser resolvida num âmbito além das paredes das escolas, em conjunto com a própria sociedade que inclusive também não favorece essa construção. Muito vemos de competições entre as escolas, com incentivo à premiações, especialmente nos jogos escolares, se fossem realizadas olimpíadas de construção de textos, redações, dados um determinado tema com os mesmos incentivos que dão aos times de futebol ou vôlei, esses alunos certamente buscariam mais e provavelmente irão ser sanados os problemas concernentes ao analfabetismo funcional, que não prejudica apenas quem sofre dele, mas toda a sociedade acaba perdendo!