Tecendo redes de conhecimento no Ciberespaço

O que há de novo e inédito com as tecnologias da informação e da comunicação é a parceria cognitiva que elas estão começando a exercer na relação que o aprendente estabelece com elas.

Assman (2005, p.19)


Este blog é um espaço de compartilhamento de criações textuais diversas com o objetivo de criar uma rede de conhecimentos através das novas tecnologias e da inteiração em rede!

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A sabedoria consiste na busca incessante do criar e recriar, onde os saberes são reinventados a cada instante em uma construção constante e ininterrupta!

Paula Oliveira

domingo, 11 de dezembro de 2011

Mitos


TEOGONIA DE HESÍODO: A ORIGEM DOS DEUSES
GRÉCIA SÉCULO 8 a.C.


Nas campinas da região da Beócia, Hesíodo pastoreava seu rebanho, quando, de repente, ouviu um canto sublime. Vozes suaves, que pareciam sair do nada, o chamavam pelo nome e lhe diziam que por ordem de Zeus, vieram para torná-lo poeta. Eram as Musas, filhas de Zeus, o supremo do Olimpo, que o chamavam. Elas lhe ensinaram a poesia que revelaria aos homens o conhecimento da origem dos deuses.
Hesíodo ouve das Musas a narrativa sagrada da origem dos deuses, e é orientado por elas, a relatar em versos, como Zeus, viera a ser o pai dos deuses e dos homens e como distribuíra os poderes entre os deuses e os homens, definido, assim, a ordem (kósmo) do mundo, a harmonia universal.
Conforme o que lhe foi revelado, Hesíodo escreveu o poema Teogonia (1022 versos), onde narra que, no princípio, havia apenas quatro seres divinos Caos, Gaia (Terra) de amplos seios, Tártaro (abismo) e Eros, o mais belo entre os deuses imortais, presente em todas as gerações, pois ele é Amor, fundamento de todas as uniões.
Caos gerou Êrebo (treva) e Noite. Noite, por sua vez, pariu terrível prole: Morte, Sono, as três Sortes, Éter e Dia.
Gaia (Terra) gerou um ser capaz de cobri-la inteiramente: Urano (céu). E também pôs no mundo as Montanhas (morada das Ninfas) e o Mar. Unida a Urano, Gaia deu origem aos deuses Titãs, sendo o mais jovem deles Cronos, que nutriu intenso ódio por seu pai. Gerou também os violentos Ciclopes, Trovão, Relâmpago, Arges e os hecatonquiros Briareu, Cotos e Giges – criaturas enormes, das quais saiam cem braços sem forma, assim como cinqüenta cabeças presas sobre o ombro.
Para finalizar a ordenação da Terra, há três mitos. Em primeiro lugar o de Cronos. Um dia quando seu pai Urano veio se estender sobre Gaia, Cronos saiu de seu esconderijo, e com uma foice de dentes agudos castra o pai e lança ao mar o membro cortado que ejacula uma última vez. Da espuma nasce Afrodite, a deusa da beleza e do amor. Urano deixa a Cronos uma maldição: que ele teria um filho que o destruiria.
Cronos liberta os titãs presos pelo pai e os domina tornando-se detentor máximo do poder. Une-se a Réia, sua irmã, mas os filhos gerados por ela, devido à maldição de Urano, são engolidos por Cronos. Quando Réia estava grávida de seu sexto filho, pede a sua mãe (Terra), que lhe ajude a salvá-lo. Quando este nasce, Terra o esconde e envolve uma grande pedra com os panos do recém-nascido, e entrega a Cronos que sem suspeitar do ardil devora a pedra. Fica, assim, seu filho Zeus, protegido e seguro.
O Segundo mito é o de Zeus, filho de Cronos e Réia, salvo pela astúcia de sua avó Terra. Conforme a maldição de Urano Zeus enfrenta o pai e o obriga a regurgitar a pedra e os irmãos que engolira. A pedra é cravada em Delfos ao pé do monte Parnaso. Comandando os irmãos (Héstisa, Deméter, Hera, Hades e Posídon) e os tios Ciclopes, Zeus luta contra Cronos e seus aliados Titãs. Vence o pai na luta contra os Titãs, e o acorrenta no Tártaro. Distribui as honras da vitória entre seus aliados e distingue deuses imortais de homens mortais (mito de Prometeu). Assim, Zeus estabelece a ordenação do mundo segundo a sua vontade.
NO terceiro mito, o supremo do Olimpo consolida seu poder ao abater Tifeu. Zeus possuiu Gaia (Terra), que gerou Tifeu, abominável divindade de cem cabeças de serpente. Da boca e dos olhos expelia fogo e tal era sua força que teria reinado sobre os imortais e mortais, não fosse Zeus combatê-lo em um duelo horrendo, onde o abate e lança-o no Tártaro.
Assim, confirma Zeus seu poder supremo e passa a reinar absoluto no Olimpo unindo-se a deusas imortais e mulheres mortais que geram os deuses do Olimpo.
A Teagonia, que os estudiosos afirmam ser o primeiro poema escrito do Ocidente, termina com a origem dos deuses Olimpo e de suas decadências.

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