Tecendo redes de conhecimento no Ciberespaço

O que há de novo e inédito com as tecnologias da informação e da comunicação é a parceria cognitiva que elas estão começando a exercer na relação que o aprendente estabelece com elas.

Assman (2005, p.19)


Este blog é um espaço de compartilhamento de criações textuais diversas com o objetivo de criar uma rede de conhecimentos através das novas tecnologias e da inteiração em rede!

Bem Vindo...

Bem Vindo...

A sabedoria consiste na busca incessante do criar e recriar, onde os saberes são reinventados a cada instante em uma construção constante e ininterrupta!

Paula Oliveira

domingo, 11 de dezembro de 2011

História da educação Brasileira


Do Brasil das reformas introduzidas por Pombal ao Brasil de hoje, quais avanços em relação
à responsabilidade do Estado com a Educação?

Na Era Pombalina foi introduzida a construção de um novo rumo para a educação Brasileira, no que diz respeito à renovação metodológica, de conteúdos e de organização. Contudo o acesso à educação restringiu-se, excluindo os brancos pobres e os índios, ao ceder lugar gradativamente à
educação da elite.
Cabia ao estado o papel de assegurar a todos o direito ao ensino elementar, construindo as novas bases da mentalidade humana que, objetivava recuperar o atraso da metrópole em relação a outros países Europeus. Portanto com a reforma de Pombal ao promover o ensino laico e público, dava início no Brasil a uma nova Era da Educação Brasileira.
Entretanto a responsabilidade do Estado em relação à educação teve um início prevaricado, não condizente com a proposta estabelecida, por fazer uma educação excludente ser arraigada naquele período, sem levar em consideração que devia assegurar a todos o acesso ao ensino elementar.
É preponderante que hoje essa responsabilidade continua caindo em contradição, apesar de haver certos avanços em relação à qualidade do ensino, qualificação dos professores e acesso à escola. Mas que escola? Que ensino? Que qualificação?
A exclusão social assevera a falta de compromisso, onde vivemos um período em que, tem direito a uma educação de qualidade quem pode pagar por ela.

É notável no Brasil atual, uma política de Estado eficiente para a educação infantil?

É temerário falar sobre eficiência em um país tão cheio de diversidade e desigualdade sociais. Implica considerar que efetivamente não conseguimos identificar com veemência uma política de Estado eficiente para a educação infantil. Ao remetermo-nos a perscrutar sobre a qualidade de ensino nos locais mais remotos do país, nos apercebemos dessa conjuntura.
Muitas melhorias foram implementadas nas últimas décadas, é relevante atestar, contudo se faz necessário fomentar na prática, valorizando cada criança em seu contexto social e cultural. Penso que muita coisa há que ser realizada, para que uma política de estado seja deveras eficiente na educação infantil.

  A educação ainda hoje continua a ser um privilégio dos filhos de elite? 
 
A educação é um processo em constante construção e desenvolvimento o que fica cada vez mais evidente em nossos dias.
O que infelizmente notamos é a falta de compromisso e de iniciativa efetiva nas políticas públicas a favor de uma educação que vise melhorias na qualidade de vida dos menos favorecidos, desarraigando-os dos seus sonhos.
É digno de nota considerar que ainda hoje, persiste em ser privilégio dos filhos da elite um cuidado educacional diferenciado e condições de continuidade na formação. O que conduz a pleitear os cargos e profissões com alto nível de habilidades cognitivas, fazendo-os ocuparem as vagas das melhores universidades e destacarem-se em suas profissões, portanto ainda hoje a educação continua a ser um privilégio dos filhos da elite.

Algumas das mudanças educacionais geradas pela transição do Brasil Imperial para o Brasil
Republicano.

Na transição do modelo Imperial para o modelo Republicano generalizou-se a tese da educação como forma de extirpar a miséria sem que fossem criadas condições de reverter as desigualdades sociais.
A equidade em relação à educação pouco fez para que se criassem no Brasil, um sistema educacional abrangente e eficaz, não obstante o contundente discurso favorável à necessidade da educação para realizar o país moderno e livre, os resultados tencionados passavam distantes da expectativa da sociedade, considerando que pelas dimensões do país, a educação Brasileira deveria ser encarada como um grande projeto sistemático conduzido pelo poder central.
A desordem social configurada pelo crescimento de crianças abandonadas, escravos livres e libertos, homens e mulheres pobres, incomodava as autoridades policiais e as classes dirigentes.
Em conseqüência disso, a educação pública e a disseminação do ensino primário ganhavam força no debate político. Sendo a instrução popular um instrumento de erradicação das condições de miséria e criminalidade, os defensores da educação pública entendiam a miséria como algo que conduzia à ignorância e ao analfabetismo. Portanto mudanças foram instauradas nesse contexto a fim de suprimir tais problemas.


A passagem da Monarquia para a República foi dada por meio de um golpe de Estado, e nesse contexto intensificou-se o processo imigratório no Brasil com objetivo principal de fornecer mão-de-obra para a cultura do café, em substituição ao trabalho escravo, decorrente da abolição da escravatura.Esse novo ambiente político remetia a debates acerca da estruturação do Estado, onde buscavam construir um sistema nacional de educação voltado para a reestruturação das relações sociais entre crianças e adultos, homens e mulheres, livres e libertos, nacionais e estrangeiros, pobres e ricos, dominantes e dominados.A luta das camadas médias urbanas pela reivindicação de uma sociedade letrada, capaz de superar a histórica marginalização do escravo, do pobre, do analfabeto, das crianças e das mulheres, tomou destaque nesse momento.O projeto Republicano buscava um modelo definitivo e eficaz de educação, garantindo aos poucos o acesso dos pobres à escola. É atribuída à educação a tarefa heróica de promover a reconstrução da sociedade.No momento inicial de afirmação da primeira Constituição Republicana, ficaram reconhecidos como sujeitos de atenção pública a criança e o adolescente, pela necessidade permanente de aperfeiçoá-los, discipliná-los, conformá-los às responsabilidades morais, cívicas e patrióticas.Contudo a ausência de um projeto educacional de combate ao analfabetismo não combinava com o novo Brasil. O modelo educacional continuava com os vícios herdados do período colonial, favorecendo uma parte da elite agrária, onde o modo de educar as crianças não mudou muito nos primeiros anos, após a Proclamação da República, não obstante o modelo social republicano ser caracterizado pela valorização do saber e por campanhas em prol da alfabetização e da escola.

Analfabetismo Funcional




O Brasil tem apresentado um discurso triunfalista em relação aos números que envolvem a educação no país. De acordo com os dados do MEC, o acesso à educação de crianças e adolescentes em idade escolar tem avançado de forma significativa. Ao considerarmos tais dados, é pertinente atentarmos para o fato de que o estudante brasileiro de certo modo, não é um leitor qualificado, pois o hábito de ler não indica que a leitura esteja sendo compreendida. Portanto a leitura fica sem sentido, sem significado.
Há alguns anos esse problema recebeu o nome de analfabetismo funcional. O termo passou a ser usado segundo instruções da Unesco, onde a partir de 1990 o IBGE, começou a adotar o termo em suas pesquisas. Para fins estatísticos passou a existir um padrão metodológico que levava em consideração o tempo de estudo da população pesquisada, onde analfabeto funcional seria aquela pessoa que estudou por quatro anos. Essa norma não é definitiva, levando-se em consideração o grande número de estudantes universitários que chegam ao ensino superior sem haverem construído hábitos de leitura, capazes de fomentar a capacidade de interpretar e compreender textos, consequentemente apresentam dificuldades em elaborar diferentes tipologias e gêneros textuais.
As novas tecnologias, em especial a internet, são apontadas por alguns especialistas como o causador desse caos intelectual, contudo na contramão desse raciocínio, há quem diga que a culpa não está nas novas tecnologias, ao contrário. De acordo com a Profª Rozeli Friasca o papel da internet é importante porque oferece um canal interessante de contato com o processo de leitura e escrita.
No concernente às implicações denotadas, podemos relacionar o fenômeno do letramento à formação de leitores no país, o resultado é que o universo dos livros e da leitura está aquém do cidadão comum. No âmbito escolar, proporcionar um trabalho interdisciplinar visando à valorização da leitura e do entendimento é relevante, inclusive ampliar as ações de trabalho com os alunos de forma a proporcionar-lhes diferentes opções de gêneros textuais, a socialização das interpretações e questionamentos para o crescimento de todos, objetivando a formação de bons leitores, para que este termo, analfabetismo funcional, quiçá torne-se obsoleto.
             Devemos como professores tomar algumas medidas de incentivo à leitura. No entanto isso envolve muitos outros fatores que acabam sendo postergados, como o fator social geral, a vida familiar, o próprio método de ensino desenvolvido nas escolas pelos professores que em sua maioria repassam aos seus alunos apenas da forma como aprenderam, e sabemos que foi uma educação bancária, aquela em que o professor é detentor do conhecimento e o aluno está ali para absorver daquilo que o professor passa, o máximo de informações possíveis para então, também deter determinados saberes.
        Não é uma tarefa fácil resolver essa situação, o analfabetismo funcional pode ser percebido em pessoas com apenas quatro anos de estudo, contudo percebemos que isso não parece ser definitivo ou determinante, visto que, um número notável de estudantes que chegam ao ensino superior sem compreender as leituras realizadas, sentem dificuldades na construção e interpretação de variadas tipologias textuais...O que fazer? Em suma faz-se necessário a apreensão de hábitos de leitura regulares na escola e fora dela, com incentivo à prática da construção dos mais variados tipos e gêneros textuais desde a infância, motivados pelo exemplo em casa, pois pais leitores formam filhos leitores, portanto essa é uma situação para ser resolvida num âmbito além das paredes das escolas, em conjunto com a própria sociedade que inclusive também não favorece essa construção. Muito vemos de competições entre as escolas, com incentivo à premiações, especialmente nos jogos escolares, se fossem realizadas olimpíadas de construção de textos, redações, dados um determinado tema com os mesmos incentivos que dão aos times de futebol ou vôlei, esses alunos certamente buscariam mais e provavelmente irão ser sanados os problemas concernentes ao analfabetismo funcional, que não prejudica apenas quem sofre dele, mas toda a sociedade acaba perdendo!

Sistemas de Numeração


A utilização da matemática em nossa vida faz-se necessária, isso é imensurável. Ao nos conduzirmos ao estudo da disciplina ou não, a tendência é que nos adaptemos cada vez mais a apropriação que fazemos dela.
Implica que um numeral é um símbolo ou grupo de símbolos que representa um número em um determinado instante da evolução do homem. Devemos nos apropriar das formas de apresentação que esses números aparecem, concernindo em considerar que para utilizarmos esse sistema de numeração hoje, seja esse que conhecemos. Em diferentes momentos históricos e em diferentes lugares, encontramos indícios de construções matemáticas que se constituíam em outros sistemas de numeração cada um com sua lógica própria, apresentando vantagens e limites.
Ao estudarmos os diferentes sistemas de numeração podemos perceber que contamos com um sistema bastante complexo, que nos favorece a realização de cálculos escritos com números pequenos e grandes, envolvendo as diversas operações aritméticas.
O nosso sistema de numeração é decimal e baseia-se numa numeração de posição onde os dez algarismos indos-arábicos: 0, 1,2,3,4,5,6,7,8,9 servem a contar unidades, dezenas, centenas, etc. da direita para a esquerda. Contrariamente, à numeração romana, o algarismo árabe tem um valor diferente segundo a sua posição no número. Em nosso sistema de numeração só usamos 10 símbolos diferentes para escrever qualquer número, enquanto que as numerações egípcias e romanas é preciso criar novos símbolos para se escrever números muito grandes, na realização de cálculos também era complicado usando esses critérios.
Para a contagem de grandes quantidades, costumamos agrupar os objetos. Agrupar e reagrupar de 10 em 10 é uma característica do nosso sistema de numeração, por isso chamado de sistema de numeração decimal e tem por base 10, usando inclusive os dedos das mãos que são em número de dez para contar. As diferenças entre o nosso sistema de numeração e o egípcio/romano são determinadas pelos seguintes aspectos:
·         Base
·         Valor posicional
·         Zero
·         Princípio multiplicativo
·         Princípio aditivo
·         Quantidade de símbolos diferentes

Portanto, sem estudarmos os diferentes sistemas de numeração, ficamos alheios a essas informações que são em suma relevantes para a nossa realidade de aprendente, professor (a) e futuro (a) pedagogo (a).