Tecendo redes de conhecimento no Ciberespaço

O que há de novo e inédito com as tecnologias da informação e da comunicação é a parceria cognitiva que elas estão começando a exercer na relação que o aprendente estabelece com elas.

Assman (2005, p.19)


Este blog é um espaço de compartilhamento de criações textuais diversas com o objetivo de criar uma rede de conhecimentos através das novas tecnologias e da inteiração em rede!

Bem Vindo...

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A sabedoria consiste na busca incessante do criar e recriar, onde os saberes são reinventados a cada instante em uma construção constante e ininterrupta!

Paula Oliveira

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Émile Durkhein...a educação é um processo social


            A teoria sociológica formulada por Émile Durkhein  foi fortemente influenciada pelos cientificismo do século XIX, vislumbrou em sua obra A existência de um “reino social”, as vezes chamado de “reino moral”. Através desse meio moral de acordo com Durkhein é que toda vida social se dá.     
            Colacava-se num estado de espírito dos demais cientistas, para detectar os estados coletivos. A sociedade, a vida coletiva, deve ter suas leis próprias, independentes da vontade humana, que precisam ser conhecidos. Na visão de Durkhein, cabe a sociologia descobrir as leis da vida social, assim com a física.
Os principais fenômenos sociais, como a religião, a moral, o direito, a economia ou a educação são na verdade sistemas de valores.
            Enuncia Durkhein que os fatos sociais são justamente aqueles modos de agir que exercem sobre o indivíduo uma coerção exterior e que apresentam uma existência própria, independente das manifestações individuais que possam ter. Os fatos sociais em suma devem ser considerados como coisas. Contudo Durkhein não afirmou que os fatos sociais são de fato coisas materiais, mas apenas que devem ser trataods como se fossem coisas tais como as coisas materiais. Tratar os fatos sociais como coisas, portanto é uma postura intelectual, uma atitude mental. Para Durkhein as representações dos fatos sociais podem ser pessoais, ou compartilhadas, é como se houvesse dois nós dentro de nós mesmos: um ser individual, em cuja cabeça existem estados mentais referentes apenas a nossa vida como indivíduos e ao mesmo tempo um ser social.
            A consciência coletiva existe através das consciências particulares. Cada um não é nada sem outra. Essa existência social, essa vida coletiva, obra de indivíduos que cooperam entre si em um dado momento da vida da sociedade, mas também das gerações passadas, os quais ajudaram a criar as crenças, os valores e as regras que ainda hoje estão presentes e que nos obrigam de certo modo a nos comportarmos de acordo com a “vontade da sociedade”.
            Aponta a solidariedade que se estabelece entre os indivíduos através de elevado grau de divisão do trabalho, que chama de solidariedade orgânica. As pessoas não estão juntas porque fazem juntas as mesmas coisas, mas o contrário: estão juntas porque fazem coisas diferentes, portanto para viver precisam das outras.
            Em relação à educação Durkhein atenta para se educar para a vida, que a liberdade individual remete a mais individualismo, então quanto mais o individualismo cresce, mais a consciência coletiva diminui. Paradoxalmente, sem consciência coletiva, sem uma moral coletiva, a sociedade não pode sobreviver. De acordo com essas implicações, a educação para Durkhein é o processo pelo qual aprendemos a ser membros da sociedade. Ele sentencia no seu livro Educação e Sociologia, “É uma ilusão acreditar que podemos educar nossos filhos como queremos”. É que no processo educacional, existe certos costumes, regras, que devem ser obrigatoriamente transmitidos, gostemos deles ou não.
            Acredita Durkhein que a cada momento histórico existe um tipo de educação a ser transmitida, em sintonia com a época vivenciada, que não torne-se obsoleta. Para ele a educação adequada é aquela própria ao meio moral que cada um compartilha. Os sistemas educacionais contemporâneos não são homogêneos, como em sociedades sem diferenciação. Embora numas sociedade dividida em classes, existem alguns valores comuns a todos, é fundamental que haja certa homogeneidade, e a educação deve pertubá-la e reforçá-la na alma da criança que é educada.
            Para Durkhein essa é a definição de educação: Educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social, tem por objeto suscitar e desenvolver na criança certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto e pelo meio moral a que a criança, particularmente se destine.
            O que nos permite viver em sociedade é sabermos que somos iguais e diferentes ao mesmo tempo. E a educação pela qual passamos nos faz assim. É por isso que a educação é um processo social.

           

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