Tecendo redes de conhecimento no Ciberespaço

O que há de novo e inédito com as tecnologias da informação e da comunicação é a parceria cognitiva que elas estão começando a exercer na relação que o aprendente estabelece com elas.

Assman (2005, p.19)


Este blog é um espaço de compartilhamento de criações textuais diversas com o objetivo de criar uma rede de conhecimentos através das novas tecnologias e da inteiração em rede!

Bem Vindo...

Bem Vindo...

A sabedoria consiste na busca incessante do criar e recriar, onde os saberes são reinventados a cada instante em uma construção constante e ininterrupta!

Paula Oliveira

domingo, 11 de dezembro de 2011

Educação na sociedade capitalista


         Tendemos a nos envolver com tudo que a sociedade nos proporciona, sejam elas coisas ruins ou boas, em relação a isso, a educação objetiva nos emoldurar nas expectativas do meio social em que vivemos. Em detrimento ao homem a sociedade capitalista surge abruptamente, trazendo consigo mazelas para a sociedade de forma que muitos estejam por baixo e poucos por cima. A educação sendo um mecanismo de ordem como pensam alguns, poderia servir para criar no homem a capacidade de emancipar-se para livrar-se da opressão que o consome.
           Ao estudar a sociedade Karl Marx busca ver a realidade como ela é, mas perscrutando de todas as formas visando à reconstrução e ao seu entendimento. Ele generalizou em suas práticas as ciências sociais (a sociologia, a história e a economia política), por outro lado seu pensamento pretende vislumbrar como a realidade deveria ser, ele fazia filosofia e também era um militante político.
            Intermediando a relação entre os homens e a natureza e dos homens entre si, aparece o trabalho. É através dele que o homem muda a natureza colocando ela a seu serviço. Através do trabalho o homem vive e agrega valores, que favorecem a reflexão intelectual e a produção de meios para potencialização dos seus resultados. Visto que, essa culminância resulta na atividade produtiva para muitos e no esforço reflexivo para poucos, onde por sua vez surgem as forças produtivas, que são necessárias porque o homem precisa trabalhar para viver. No empenho de aumentar a produtividade desencadeou-se uma divisão do trabalho determinando as forças produtivas que é também a expressão da existência de diferentes formas de propriedade conduzindo a uma separação básica que remete a desigualdade social. Quando os homens assumem o controle sobre as forças produtivas, as relações de propriedade, a este conjunto chamam “modo de produção”. Historicamente passaram por diversas transformações destacando: o modo de produção escravista antigo, o modo de produção feudal e o modo de produção capitalista. As classes sociais surgem dessas diferentes relações de propriedade. A diferença entre as classes sociais obriga a cada um conduzir a sua vida da forma como está obrigado a fazer, como está obrigado a trabalhar e viver. A classe dominante é construída para sobressair-se, através de uma luta que assumiram, que criaram entre as classes sociais. A busca pelo lucro imediato fomentou e conduziu ao capitalismo, reforçado pelo desenvolvimento tecnológico daqueles séculos surgindo a necessidade de abandonar o artesanato e viver de salário nas fábricas. O capitalismo separou o trabalhador da sua autonomia, a qual era exercida através do seu trabalho, ele passa a perceber o trabalho como algo fora de si, o que Marx dá o nome de alienação, eles adquirem uma consciência falsa do mundo em que vivem, a dominação de uma classe sobre a outra vêem como fatos naturais. Já a ideologia é um sistema de idéias ordenadas de concepções, de regras e de normas que obrigam os homens a comportarem-se segundo a vontade do sistema.
            O capitalismo mudou o modo de viver, pensar e de agir das classes sociais que eram divididas entre as dominadoras e as dominadas, Marx diz que o salário não remunera todo o trabalho realizado, mas apenas uma parte dele, a outra parte é apropriada pelo capitalista e se transforma em lucro.
            Educar no mundo industrial era identificada como uma arma valiosa a ser empregada em favor da emancipação do ser humano, de sua libertação, da exploração e do jugo do capital. Entretanto essa educação era mais para a alienação do que para a emancipação, devido a ser um direito de quem está no poder, instrumento da ideologia da classe dominante, um modelo que não serve para a classe trabalhadora.
        A educação na sociedade capitalista é um elemento de manutenção da hierarquia social, sendo assim a pobreza  do aluno o afasta de um sistema educacional que vise a sua emancipação. Contudo, a integração do estudo com o trabalho constitui-se na maneira de sair da alienação crescente trazer o homem à sociedade, onde deve ser realizada desde a infância. O básico é que haja educação para o ensino intelectual, o desenvolvimento físico e o aprendizado profissional polivalente. A classe trabalhadora onde há predominância de alunos pobres, conduz para a vida uma consciência negativa da sua vida e das suas perspectivas de futuro, havendo a necessidade de um processo educativo voltado aos interesses da grande maioria excluída.

Nenhum comentário:

Postar um comentário